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segunda-feira, 22 de novembro de 2010


È infeliz saber que todos estão do seu lado, que todos acreditam em você, e você é a única pessoa que não confia em você mesma. E acho que falhei quando não pus a confiança em mim mesma, quando eu mesma não fiquei dizendo positivamente que iria conseguir e agora tenho que desapontar quem mais acreditava em mim.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010


Estou cansada de tantas mentiras, de tanta inveja, de tanto ciúmes, de tanto drama, de tanta chatice, de tanto choro. Estou cansada de tudo o que você faz, já não agüento mais.

sábado, 13 de novembro de 2010


Um dia me perguntaram se eu acreditava em destino e a minha resposta foi um simples não. Isso já faz um bom tempo e hoje eu já não tenho tanta certeza sobre o que eu penso sobre destino. Não que alguma coisa tenha acontecido comigo, mas pelo o que aconteceram com os meus amigos. Destino pode realmente ser verdade, mas acho que não é destino encontrar alguém que ame você pelo o que você é, porque no mundo existem milhões de pessoas e entre tantas pessoas uma vai se identificar com você e se não se identificar... Bom, os opostos se atraem certo? Acho que destino é quando uma coisa inexplicável, surreal acontece. Desculpem-me se falei alguma besteira. E vocês acreditam em destino?

terça-feira, 9 de novembro de 2010


Lembra-se de quando estávamos deitados juntos, em frente a sua casa? Lembra-se como o céu estava? Como as estrelas estavam próximas? Era uma noite estrelada de dezembro, essa noite faria um ano de que estávamos juntos e quer saber o que eu desejei quando aquela estrela cortou o céu com o seu brilho prateado? Que esse só seria mais um ano em meio a tantos. E como as estrelas foram trapaceiras comigo, porque hoje completa um ano que não te vejo. E toda vez que olho o céu lembro daquele dia, mas o céu não é mais o mesmo, nunca foi o mesmo. Hoje as estrelas fogem de mim, como se devessem alguma coisa para mim.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010


Estou perdido em uma tempestade de neve. O vento assobia, atirando pedacinhos de gelo que espetam os meus olhos. Vou cambaleando, os pés afundando em camadas daquela brancura fofa. Grito por socorro, mas o vento não deixa que os meus gritos sejam ouvidos. Caio e fico ofegando na neve, perdido naquela imensidão branca, com o lamento do vento soando em meus ouvidos. Vejo que a neve está apagando as minhas pegadas. “Agora sou um fantasma”, penso eu, “um fantasma sem pegadas”. Volto a gritar, com a esperança sumindo como as marcas dos meus passos. Desta vez, porém, há uma resposta longínqua. Protejo os olhos com as mãos e dou um jeito de me sentar. Além das cortinas flutuantes de neve, tenho a breve visão de algo se movendo, um borrão de cor. Uma forma familiar se materializa. Uma mão se estende em minha direção. Vejo profundos talhos paralelos cortando a sua palma e o sangue escorrendo, tingindo a neve. Seguro aquela mão e, de repente, a neve desaparece. Estamos em um campo de relva verde-clara e macios flocos de nuvens deslizam no céu. Olho para cima e vejo o céu claro coalhado de pipas verdes, amarelas, vermelhas, laranja. Elas cintilam à luz do entardecer.
(O caçador de pipas)