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domingo, 2 de maio de 2010


Ele me fez acreditar que o pra sempre existia, que o amor nunca machucasse, que a saudade nunca chegaria perto de mim.. Ele me fez acreditar que palavras bonitas não iludem, que grandes gestos é o que valem e que os homens não são todos iguais.
Diante disso, eu aprendi que o "pra sempre" sempre acaba, mais cedo ou mais tarde, que o amor sempre vai nos machucar, causar as famosas lágrimas, ferir o meu coração. Agora eu sei que palavras bonitas nem sempre são verdadeiras, que ser bonita por fora, não significa ser bonita por dentro e que homens , sempre serão homens, que nos mostrará que nem tudo é como agente vê, nem como agente sente.

"A maioria de nós tem suas próprias tristezas, sonhos perdidos e corações feridos, cada um viveu perdas únicas, nossa própria Cabana."

"Toda a minha vida, tive medo de homens velando sobre mim. Suponho que o primeiro homem a velar sobre mim foi o meu pai, mas ele sumiu antes que eu pudesse recordá-lo.
Por alguma razão, quando eu era menino, eu gostava de brigar. Grande parte das vezes, eu perdia. Outro menino, ás vezes com sangue pingando do nariz, erguia-se acima de mim.
Muitos anos depois, precisei me esconder. Procurava não dormir, porque tinha medo de quem estaria lá quando eu acordasse. Mas tive sorte. Era sempre meu amigo.
Quando eu estava escondido, eu sonhava com um certo homem. O mais difícil foi quando viajei para ir ao encontro dele. Por pura sorte e depois de muitas passadas, consegui.
Fiquei dormindo lá por muito tempo. Três dias, disseram-me...
E o que encontrei ao acordar? Não um homem mas uma outra pessoa a me vigiar. Com o passar do tempo, a menina e eu descobrimos que tinhamos coisas em comum. Mas há uma coisa estranha. A menina diz que eu paraço outra coisa.
Agora moro em um porão. Os sonhos ruins vivem no meu sono.
Uma noite após meu pesadelo habitual, uma sombra ergueu-se sobre mim. Ela disse:
- Conte-me o que você sonha. E eu contei. Em troca, ela me explicou de que eram feitos seus próprios sonhos.
Agora acho que somos amigos, essa menina e eu.
Em seu aniversário, foi ela quem me deu um presente - a mim.
Isso me fez compreender que o melhor vigiador que eu conheci não era um homem..."
A menina que roubava livros.