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domingo, 26 de setembro de 2010


“Precisamos conversar!” – Foi a ultima coisa que ele me disse ao desligar o telefone.
Ele tinha a capacidade de transformar toda a minha ansiedade em um sentimento desnecessário. Minha cabeça estava à milhão, eu não estava com a disposta a pensar em outra coisa a não ser aquele: “Precisamos conversar!”. Tentei me acalmar, mas foi tudo em vão assim quando o vi descer do trem. Minha perna estava tremendo e meu coração palpitando em um ritmo que não era normal. Quando ele se aproximou ele percebeu a minha inquietação.
“O que foi?” Como ele conseguia ser tão sínico depois de me dizer aquilo? Apenas sorri, pois tinha certeza que se abrisse a boca sairia milhões de fatos que nem eu entenderia.
“Precisamos conversar? Mesmo?”
“Desculpe-me. Acho que não te dei muita explicação quando disse aquilo. Acho que isso te deixou um pouco nervosa.”
“Você acha? Você pensa que eu sou boba. Vamos pode dizer... Diga que conheceu uma menina mais bonita em Paris, mais interessante. Diga que está de casamento mercado e que tem uma filha com ela. Diga rápido antes...” Ele me beijou, me fazendo calar. “O que significava todo aquele precisamos conversar?”
“Eu senti a sua falta. E só fui perceber o quanto eu te amava quando entrei naquela droga de trem tentando fugir de todos os meus problemas, eu percebi que não sou nada sem você, que minha vida simplesmente para sem você. E agora eu não quero nunca mais me separar de você. Quero envelhecer ao seu lado. Lara você quer casar comigo?”
“Quero!”