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sexta-feira, 27 de agosto de 2010


O dia estava quente, mas o meu corpo estava sem reações ao calor. Eu estava fria, minha alma estava congelada, meu coração partido e o ar que entrava em meus pulmões ardiam. Minhas pernas doíam, mas eu não tinha previsões para cessar. Meus olhos estavam acostumados ao local vazio aonde eu andava em círculos há meia hora. Algo tinha mudado, uma bicicleta estava parada no meu caminho, mas uma coisa, uma única pessoa fez com que me ressuscitasse. A única pessoa que os meus olhos agradeciam ao olhar.
Ele me olhava com olhos de desculpa, como se todo aquele olhar fizesse desaparecer todas as minhas amargas palavras que eu soprei a ele. Fiquei alguns segundos parada diante a ele, para ter certeza de que aquilo não era mais uma paranóia de minha cabeça. Ele se aproximou cautelosamente, me abraçou devagar e sussurrou as três palavras que todo mundo sonha em um dia escutar:
- Eu te amo.